sábado, 21 de dezembro de 2013

Ensaio sobre a leveza

E de repente a retrospectiva do ano de 2013 passa pela minha cabeça, bem como um filme. Sabe aqueles filmes que começam devagar, lentos e com o "já sei o final!", mas que ao longo dele a trama se torna surpreendente e você sai do cinema pensando: "que filme genial!"? Então, é como o meu. E como todo filme sugere uma reflexão e carrega uma lição (ou pelo menos deveria), mesmo que seja a partir de um ou mais detalhes, eu pude extrair do meu filme inúmeras e valiosas lições.

O amadurecimento fez parte dele e pude constatar o ingrediente fatal pra felicidade: a leveza. Quando somos leves - de mente, alma e corpo - somos mais no mundo, somos mais pra nós mesmos. Eu me transformei em leveza; talvez tenha reencontrado a leveza de que tanto sentia falta, e que graças ao poder da vida pude agarrá-la novamente - e pra dessa vez nunca mais soltar. A leveza faz parte da minha essência, constrói meus valores, alimenta meu amor por mim, pela vida e pelo que posso amar, dando brilho aos meus olhos e simplicidade aos fatos.

Termino meu texto com um trecho de uma das minhas músicas prediletas:

"Aprendi da importância de não dar muita importância, ficar com os meus pés no chão
Aprendi que viver cansa, mesmo vivendo na França, mesmo indo de avião
Aprendi que tudo passa, tomando chá ou cachaça, tomando champanhe ou não
Aprendi que a desavença é porque sempre alguém pensa que ninguém mais tem razão
Aprendi que a descrença, a desconfiança e a doença são partes da maldição (...)"

("Aprendiz de Feiticeiro" - Cassia Eller)

Um beijo leve pra todos os protagonistas dessa vida.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Agora e sempre

Quem sou eu agora
Me transforma
Quem sou eu agora
Sempre quis ser pra fora
Quem sou eu agora
Minha essência que aflora 

Quem era eu antes
Me devora
Quem era eu antes
Me apavora
Quem era eu antes
Não pode ser eu agora.

Quem sou eu agora
Me conheceu antes de antes
Quem sou eu agora
Volta pra ser gritante
Quem sou eu agora
Grande

Quem era eu antes
Sem avante
Quem era eu antes
À deriva, distante
Quem era eu antes
Sem poder ser num instante.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Meu hoje

Já dizia Vinicius, naquele clichê que não é clichê por acaso: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."

O momento em que tudo parece estar certo, mas, como se trata da vida, pode-se esperar que aconteça de tudo. A vida te proporciona todas as sensações possíveis em poucas semanas. E pode te proporcionar nenhum sentimento por tempo indeterminado. Muito louco, não? A relação vida-sentimento é uma montanha-russa: ela tá ali no mesmo lugar, no ponto fixo - pra sempre - mas dentro dela há a troca constante de pessoas e muito, mas muito movimento. Por isso, "sentir" é muito profundo, ao passo que as sensações são mutáveis e, o sentimento, único.

Conforme a vida vai passando, vai te mostrando que o que estava errado tem conserto, mesmo que ele seja "usar o erro para o acerto do futuro". Você desperta, acorda: começa a enxergar que você precisa sair do que não é você, do que as pessoas acreditam que é você, que precisa ser você. Perder sua essência é praticamente proibido e, se você estiver a ponto de cometer esse erro fatal, torça para que te façam acordar: alguém, ou alguma força maior.
Mais dois clichês lindos e cheios de verdade: Nada é por acaso e tudo acontece no tempo certo. A força maior vai interferir no momento em que você mais precisa enxergar.

Por enquanto isso é tudo. Tudo é ao mesmo tempo. E só o que vai ser da vida, ela mesmo dirá. Mas só depois.

domingo, 31 de março de 2013

ambiguidades

às vezes as ambiguidades se tornam tão frequentes no meu dia-a-dia que minhas forças acabam. sei que não há culpa maior, mas também não tenho que sofrer com isso. por serem frequentes, penso que podem ser de propósito ou, pior, sem pensar. quando se diz algo e se faz outro, é estranho, porém não posso julgar. um dia pode, no outro não. ou um dia não pode e no outro sim. comigo pode, com o outro não, mas depois com o outro pode e comigo não. pelas ambiguidades tomarem conta de mim, eu resolvo não me preocupar mais com elas, porque sei que não são propositais, mas, porém, contudo e todavia elas existem - e poderiam não existir.
confusão e compreensão;
sofrimento e ignorância.
ambiguidade.