Eu juro que te vejo entre os meus cabelos ao vento
Quando me debruço no parapeito
E espero a novidade aparecer diante do cotidiano da avenida
Eu juro que te vejo pela janela, num domingo, naquela calçada
Sob a luz amarela das ruas
Que iluminam o seu andar
Todos que passam viram alguém
E estão sob o meu olhar.
O meu sono que não vem, o meu tempo que não passa
A minha certeza de que aqueles são você me detém
Sentindo o coração bater
E acolher a nostalgia que se espalha
Por dentro de mim
Inteira
Sem esquecer de nenhum pedaço que me falha.
"E eu aqui vou cantar sua morte, sua vida, seu retrato sem cor, seu recado sem voz"
domingo, 27 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
A saia alta e o colar de pérolas
Definitivamente não me agradam, mas isso não vem ao caso. A imagem de um bando de garotas com o cabelo alisado, com aquela saia preta quase no peito, com a blusa coladinha, lançando um colar de pérolas e tentando dar uma de equilibristas no mega salto-pra-ele-ver, pra tentar entrar numa moda retrô, me dá náuseas. Quando saio na noite (e pasmem, mesmo de dia) e vejo aquela vasta multidão vestida igual, e mais, com todos os meninos gola V as cercando, me surgem mil perguntas na minha cabeça ao mesmo tempo. Será que só eu sinto repúdio? Será que vou ser obrigada a viver cada vez mais num mundo forçado pela imagem? E essa imagem de todos tentando alcançar o ideal, será que um dia vai acabar? Sei não.. mas cada dia que passa eu vejo mais meninas idênticas. I-dên-ti-cas. Não consigo diferenciá-las! Os meninos gola V pelo visto gostam da mesmice. Talvez a moda seja a mesmice. Mas a moda sempre existiu, o problema não é ela, são as pessoas que a cada batom vermelho e objeto super-retrô ficam mais obcecadas pelo que vão causar no olhar do outro.
Me surpreendo com a lente de aumento em valores que não valem a pena, que não possuem fundamentos, verdades, sentimentalismo. Está tudo cristalizado. Todos se petrificando e perdendo a essência humana, o calor das relações, o prazer de fracassar e chorar, o poder da auto-reflexão.
Não entendo como é melhor viver no mundo da perfeição à primeira vista e sem os prazeres reais... O que há de tão fascinante no status social que a vida sem ele não proporciona?
Me surpreendo com a lente de aumento em valores que não valem a pena, que não possuem fundamentos, verdades, sentimentalismo. Está tudo cristalizado. Todos se petrificando e perdendo a essência humana, o calor das relações, o prazer de fracassar e chorar, o poder da auto-reflexão.
Não entendo como é melhor viver no mundo da perfeição à primeira vista e sem os prazeres reais... O que há de tão fascinante no status social que a vida sem ele não proporciona?
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Não chego nunca
Não gosto de onde estou, quero mudar, mas o mais agoniante é que não tenho forças pra isso. E o pior é quando lembro que já tive forças e já mudei, e agora fico me perguntando porque não o consigo fazer de novo. É algo que angustia aqui dentro, envolve meu peito e parte pra minha cabeça e se instala como uma placa de ferro.
Quero ser do meu jeito, quero viver os meus maiores prazeres, sair na rua e rir à toa, olhar pro céu e respirar fundo com a alegria entrando pelo meu pulmão.
Descobri algo importante nessa minha pequena porém interessante estadia na Terra: Quando você se preocupa demais para algum feito dar certo, esqueça. Esqueça mesmo, só com algum desapego e mínima atenção você consegue magicamente transformar aquilo que desejava. É incrível, eu sei. Mas experimente levar a sua preocupação e o resultado de maneira inversamente proporcional...
É o que acho que vou fazer. Ou tentar, primeiro.
Quero ser do meu jeito, quero viver os meus maiores prazeres, sair na rua e rir à toa, olhar pro céu e respirar fundo com a alegria entrando pelo meu pulmão.
Descobri algo importante nessa minha pequena porém interessante estadia na Terra: Quando você se preocupa demais para algum feito dar certo, esqueça. Esqueça mesmo, só com algum desapego e mínima atenção você consegue magicamente transformar aquilo que desejava. É incrível, eu sei. Mas experimente levar a sua preocupação e o resultado de maneira inversamente proporcional...
É o que acho que vou fazer. Ou tentar, primeiro.
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