O pleno é paradoxo constante. Enquanto ele é simples, também é vasto. Ele é imenso e calmo, e é na imensidão que encontramos também a liberdade. A plenitude é tão grande, mas tão grande, que chega a ser de uma cor só. Sua beleza é confortável. Quando ela te envolve, é serenidade. É felicidade.
Pleno, pra mim, é quando você olha algo e o enxerga por inteiro, sem interferência de qualquer pensamento. Nada passa pela sua cabeça no momento em que você olha aquilo. Você admira. Pensa sobre o que vê como se não fosse acabar. E o que vem depois? Sei lá. Tô aqui.
Pode estar o mundo caindo, mas o que os seus olhos veem são o retrato do que acontece bem ali na sua frente. E nada mais importa, por enquanto. A plenitude te dá a oportunidade de sentir-se inteiro.
É olhar o mar e as ondas e ver mar e ondas. E não mar, ondas, ontem, o que vai ser, o que eu fiz. Só mar e ondas.